26 janeiro, 2009

Austrália


Assisti sexta passada ao mais novo filme do diretor Baz Luhrmann, Australia. A respeito de suas obras anteriores pouco posso comentar, pois vi apenas Romeo + Juliet, e já faz algum tempo.Assim sendo terei de seguir em frente com esse texto sem fazer alusões as técnicas, métodos ou costumes de filmagem desse empresário.
Cito-o como empresário, pois não vejo uma escapatória mais plausível à repetição sistemática da palavra diretor. Poderia prosseguir o texto referindo-me à ele como cineasta, mas seria um equivoco de minha parte, em que pese, que para ser um cineasta, você tem de ser reconhecido como um. O que não vem a ser o caso de Luhrmann, ele é sim um empresário, que tinha por objetivo profissional (como li em algumas análises) fazer duas grandes produções, um musical, e um romance épico que se passasse em seu país de origem. O primeiro, realizou em 2001 com a produção Moulin Rouge! e o segundo, entrou em cartaz nessa sexta nos cinemas: “Austrália” é uma mega produção, que tinha tudo pra dar certo não fossem as mãos caricatas e atrapalhadas de seu diretor.
O filme logo de inicio mostra fraquezas, com suas cenas rápidas e confusas (um plano seqüência desse filme, deve ter no mínimo uns setenta cortes), logo então entra a narração terrível, e piegas (como todo o filme) do pequeno menino mestiço Nullah (Brandon Walters), ele nos apresenta à historia de seu país, sua terra Austrália.E prossegue, com a introdução dos protagonistas Lady Sarah Ashley (Nicole Kidman) e Drover (Hugh Jackman). É o romance entre os protagonistas que conduz o filme em torno de um enredo fraquíssimo, onde a personagem de Kidman tem que batalhar contra o malvado Sgt. Callahan (Tony Barry), pelo monopólio do gado australiano.
Até onde se via, o filme tinha bons argumentos e boas motivações para dar certo, o que dá errado, é que nada disso convenceu, em parte por causa do mal desenvolvimento dos elementos técnicos, e em parte por causa da caracterização piegas das personagens e das cenas. Ao que parece, Luhrmann quis dar uma de telespectador engraçadinho e saudosista, e “homenagear” o cinema clássico, fazendo um filme à La anos 20.
O que pode ter parecido engraçado e romântico para Luhrmann, acabou por cair no “trash” despropositado e ridiculamente patético.
Se há algo de mérito nesse filme seriam alguns pontos como fotografia, montagem e edição e mixagem de som.Quanto ao resto, me passou desapercebido por entre um roteiro pobre e nem de longe abrangente no que se diz respeito à um país tão históricamente fantástico, atuações piegas e nem um pouco persuasivas e uma direção abobalhada assim como todo o resto do longa.
Nota:2,0

22 janeiro, 2009

OSCAR 2009





Lista de Indicados ao Oscar 2009

O presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Sid Ganis, anunciou na mãnha de hoje em Los Angeles ao lado do ator Forest Whitaker os indicados ao Oscar 2009.
Diferentemente dos últimos anos, quando houve surpresas na nomeação de filmes como “Juno”, ou “Conduta de Risco”, esse ano, as poucas surpresas existentes já haviam sido apresentadas antes das indicações, como por exemplo o filme “Gomorra” que ficou fora da classificação dos oito finalistas a concorrer uma das cinco vagas pela estatueta de melhor filme estrangeiro. Na principal categoria, a de melhor filme, aconteceu mais ou menos o esperado, “Milk”, “Slumdog Millionaire”, “Frost/Nixon” e “O Curioso Caso de Benjamin Button” já eram aguardados como principais concorrentes, a surpresa talvez tenha sido a não indicação de “Revolutionary Road” que deu lugar a “The Reader”.Há de se citar também que apesar de “O Cavaleiro das Trevas” não ter entrado na lista, como já era de certa forma esperado, Heath Ledger foi indicado à um Oscar póstumo.

A cerimonia do Oscar será apresentada pelo ator australiano Hugh Jackman, e ocorrerá no dia 22 de fevereiro no já costumeiro teatro Kodak. No Brasil a transmissão será feita pela TNT com comentarios de Rubens Ewald Filho.

Sobre Os Indicados à Melhor Filme


Milk - Gus Van Sant
A biografia do primeiro político assumidamente gay dos Estados Unidos,Harvey Milk, entra na lista em ótima contextualização, no momento em que acaba de ser eleito o primeiro presidente afro-americano do país.
“Milk” de Gus Van Sant foi indicado também às estatuetas de: Melhor Ator para Sean Penn, Melhor Ator Coadjuvante para Josh Brolin, Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora para Danny Elfman, Melhor Edição para Elliot Graham, Melhor Figurino para Danny Glicker e Melhor Diretor para Gus Van Sant.

Frost/Nixon - Ron Howard

Em linha de biografias políticas seguimos com “Frost/Nixon”, um olhar pelos escândalos políticos da época do presidente Richard Nixon, contados por seu principal protagonista ao interlocutor David Frost, onde ambos travam uma batalha de egos alcançando o que Oliver Stone não conseguiu.
“Frost/Nixon” de Ron Howard foi indicado também à: Melhor Ator para Frank Langella, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Diretor para Ron Howard.





The Curious Case of Benjamin Button - David Fincher
Cortando de cenas mágicas à melodramáticas, “O Curioso Caso de Benjamin Button” tem um roteiro que faz jus à obra de Fitzgerald, nessa trama sobre um homem que nasce velho apenas para ser testemunha de que um fim é inevitável a todos, quando rejuvenesce até morrer jovem.
“O Curioso Caso de Benjamin Button” de David Fincher é o recordista de nomeações esse ano, são elas: Melhor Ator para Brad Pitt, Melhor Atriz Coadjuvante para Taraji P. Henson, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora para Alexandre Desplat, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia para Claudio Miranda, Melhor Edição para Kirk Baxter e Angus Wall, Melhor Mixagem de Som para David Parker, Michael Semanick, Ren Klyce e Mark Weingarten, Melhor Efeitos Especiais para Eric Barba, Steve Preeg, Burt Dalton e Craig Barron, Melhor Maquiagem para Greg Cannom, Melhor Figurino para Jacqueline West, e Melhor Direção para David Fincher.


The Reader - Stephen Daldry

Um romance épico, atemporal em relação à idade dos protagonistas, contado durante o julgamento de uma mulher em um tribunal nazista.
“The Reader” emplacou na corrida à principal estatueta no ultimo minuto, sendo talvez a única surpresa entre os indicados de melhor filme, alem dessa categoria, foi indicado também à: Melhor Atriz para Kate Winslet, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, e Melhor Diretor para Stephen Daldry.




Slumdog Millionaire - Danny Boyle
Com Steven Spielberg assinando um contrato milionário com Bollywood, Danny Boyle pelo jeito achou uma boa idéia fazer um filme indiano, mas sob mando Hollywoodiano.
Um quiz televisivo ao estilo “Show do Milhão” é o contexto para esse romance globalizado que se passa na Índia.
“Slumdog Millionaire” recebe indicação ainda nas categorias de: Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original, Melhor Fotografia para Anthony Dod Mantle, Melhor Edição para Chris Dickens, Melhor Mixagem de Som para Ian Tapp, Richard Pryke e Resul Pookutty, Melhor Edição de Som para Tom Sayers e Melhor Direção para Tom Sayers

19 janeiro, 2009

Breve Informe !


Curta Petrobras às Seis
Programa Cinefilia
Em cartaz todos os dias às seis da tarde em Curitiba no Shopping Crystal .
Entrada Franca.

Acossada - Karen Akerman e Karen Black
Uma viagem pela Nouvelle Vague em praças cariocas. Godard e uma Garota de Ipanema. P&B.
NOTA:7,5

Tarantino's Mind - 300 ml
Selton Mello e Seu Jorge ligando pontos Tarantinescos. Desvendando Tarantino. Cor.
NOTA: 10

Eisenstein - Leonardo Lacca, Raul Luna e Tião
Cinema Brasileiro com bases em Soviet. Eisenstein fundamental. Cor.
NOTA:8

Satori Uso - Rodrigo Grota
“For me, cinema should be like life: fluid, organic, fragmented” Jim Keist. Jim Kleist on Satori Uso. P&B
NOTA:10

06 janeiro, 2009

Cinema - Cada Um Com o Seu

Saudosismo, nostalgia, tristeza, felicidade, paixão, amor. Chame como quiser.
Pegue algo, um objeto, um ser, uma lembrança, um sentimento. Denomine-o, transforme tudo em técnica, seja la qual for. Exprima tudo isso de forma seca, não pessoal. Não deixe ficar pessoal. Um bom filme é pura técnica.
Pura besteira.
24 quadros por segundo, cada segundo mais pessoal e intenso que o anterior. É seu, seu objeto, seu ser, sua lembrança, seu sentimento. Denomine tudo, transforme em uma técnica de comunicação entre criador e criatura. Cada qual criatura. Sentimentos criam a técnica. Eles conduzem. É a comunicação com terceiros, com o público. Você é a terceira pessoa, você é a platéia; sozinho.

05 janeiro, 2009

No Country For Old Men

Dry, no touch of feelings there.
But still, the sand goes deep.
A dying law, trying to remain.
Fighting against...
Well, you got the picture. Wild, devasting. Still... dry
Dry grapes, all there bloody juice’s been dried out to the last drop.
Not a great text, a clear given of facts.
Great text.

Old sheriff got his dream, got his lifetime award, along with his retirement. Finally all settle down. Fine, peaceful city, state; country.

And then I woke.

No Country for Old Men (2007)