06 novembro, 2008

Esclarecimentos !

Cahiers du Cinéma
Viva Bazin e seus eternos discípulos.

Do final do século XIX (invenção da imagem em movimento, motion picture, pelos irmãos Lumière) até os dias de hoje, muito aconteceu, por várias mudanças passou a arte cinematográfica e uma das mais expressivas, senão a mais expressiva, foi o movimento da Nouvelle Vague.
Movimento este criado na França dos anos sessenta, por críticos de cinema, que na época escreviam para uma revista chamada “Cahiers du Cinéma”. O pai dessa revista, André Bazin, foi um homem pouco conhecido na época e ainda pouco conhecido hoje, senão nos meios mais cultos a respeito dessa arte.
Bazin foi o precursor de toda essa transformação da arte da imagem em movimento, que ocorreu na segunda metade do século XX. Foi ele que através da “Cahiers du Cinéma” abriu espaço para que jovens críticos franceses da época trilhassem seus caminhos pelo mundo cinematográfico, dentre estes se destacam, em particular, Jean Luc-Godard, Eric Rohmer e François Truffaut.
Estes três jovens, através dos ensinamentos e do convívio com Bazin adquiriram experiência e maturidade suficiente, para liderarem o divisor de águas que foi a Nouvelle Vague. O movimento da “nova onda” nascia de uma indignação em relação ao rumo que o cinema estava tomando; filmes medíocres eram produzidos massivamente e todo o entusiasmo pelo cinema como uma novidade fantástica e mágica ia perdendo seu encantamento e se transformando em lixo. Daí o surgimento da Nouvelle Vague, essa onda prezava o cinema como uma obra de autor, ou seja, ela visava a realização de filmes expressivos sentimentalmente que mostrassem de forma clara o trabalho do realizador como uma obra pessoal e única, levando em consideração somente a perspectiva, as razões e os pensamentos do mesmo, deixando de lado o cinema comercial e defendendo vorazmente a personalidade que podia ser dada aos filmes.
Desse movimento nasceram filmes inesquecíveis como “Os Incompreendidos” e “Jules e Jim” de Truffaut, “Acossado” e “Alphaville” de Godard, entre muitos outros.
Mas a Nouvelle Vague não se limitou a França, ela deu frutos em outros lugares, em especial nos EUA, onde diretores como Scorsese, Coppola e De Palma seguiram a linha desse movimento que até hoje da resultados, como o Dogma 95, criado por Lars Von Trier, além de tantos outros que se inspiram nesse jeito de filmar.
Enfim, a Nouvelle Vague recriou a arte do cinema, que se mantém viva até hoje graças a seus realizadores.
Assim sendo, esse blog tem por objetivo fazer uma homenagem a estes gênios, e trazer críticas e análises de filmes, seguindo a linha dos “Filhos de Bazin”.

Por isso, viva Bazin e seus eternos discípulos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ao vencedor as batatas!
Será que este blog chega ao segundo post Math?
Hhuaioa, sucesso bleach, afinal aparentemente vou fazer parte desta super sociedade, que provavelmente vai dar o que falar, (ou no caso: rir).
Um brinde ao fim da seriedade!!
E vida longa ao rei.
hauiahou
Beijoooooooooo Enorme e um parábens ao primeiríssimo comentário (de uma pessoa memoravel!)
Ao cinema, café e sofazinho histórico.

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