Nos últimos dias, com todo o clima de eleição já passado, tenho me perguntado que fatores levaram à eleição de uma pessoa que, em comparação ao seu oponente, tem um currículo tão distintamente irrelevante.
Ao que pude perceber, vivemos num período da história humana onde valores e éticas sociais evaporam tão rapidamente quanto uma gota de água no asfalto quente. Como Karl Marx, mesmo, já apontou, o ambiente moderno é um lugar onde “tudo que é sólido desmancha no ar”.
Este efeito moderno de instabilidade moral me parece se dar com maior influência em nosso país e, assim, é fácil notar que uma subversão de valores é fator essencial para o momento político que vivemos.
Num país onde, reconhecidamente, há uma grande desigualdade social, a população optou por descartar valores que são pilares do desenvolvimento do mercado e da democracia e voltou-se, definitivamente, para o assistencialismo que não encaminha o país para um progresso concreto e bem planejado.
Neste cenário, nasce o discurso do assistencialismo barato que vulgariza e banaliza o verdadeiro espírito nobre do homem de bem – aquele que pretende seu patrimônio privado por meio de trabalho e suor –. Este discurso nada mais é do que uma repugnante ofensa ao legitimo caráter humano: o da livre iniciativa.
Numa equivocada re-elaboração de valores, fica tido como obsceno que alguém trabalhe e se empenhe numa jornada de constituição de benefício próprio. Ao que vejo, é tido como incorreto que a iniciativa privada e o livre mercado não operem como agentes de benesses sociais, sendo malvistos aqueles que constituam benefícios para si mesmos, ainda que não estejam fazendo mal a ninguém.
É nesta chave de valores deformados que se elege partido como o PT. Síntese política do assistencialismo em busca de votos e da bonificação aos incompetentes, no PT o trabalho e a competência não mais valem como fatores de eleição à cargos e não são páreo para os pobres desafortunados que merecem uma chance assistencialista.
É triste, tanto quanto nauseante, que um país caminhe rumo ao didatismo da falsa moralidade altruísta e execre valores que promovem o desenvolvimento e progresso humano.
É preciso entender que o verdadeiro desenvolvimento social não se concebe de assistencialismos imediatos e limitantes, que firmam uma população paupérrima em solo de “bolsas” férteis mas instáveis diante da perspectiva de mudança de governo, angariando, assim, votos para a perpetuação deste mesmo governo.
O verdadeiro desenvolvimento social se promove, sim, pela qualidade essencial da vida humana, a competição. Fator soberano na ordem do universo, a competitividade é aquilo que faz com que todos se empenhem em dar o melhor de si para se superar e se diferenciar do sujeito ao lado. Tão simples assim, o ambiente da livre competição instiga a criatividade e exalta virtudes particulares, de modo que a sociedade se desenvolve pelo trabalho de gente competente, uma vez que a incompetência não é paga.
O PT é o partido que opera justamente a antítese deste progresso humano, promovendo regalias aos incompetentes.
Tradicionalmente, somos o país da pena. Temos dózinha do menos afortunado e precisamos passar a mão na cabeça dos pobres coitados.
É cultural esse nosso impulso em mimar, como pais inexperientes mimam o filho que quer de tudo. Como o filho mimado, as gerações futuras deste país tendem a crescer mais preguiçosas e caminhar sem qualquer objetivo ou fundamento de educação, realmente, bem estruturado, por sobre este solo de moral equivocada e ética compadecida com o pobre coitado do vizinho.
É nesta chave de operação que toda uma população é capaz de relevar atos criminosos, fazendo-se cúmplice dos mais sórdidos atos políticos, uma vez que a perspectiva maior, de um país imediatamente fraterno e igualitário apaga qualquer projeto de controle absoluto do estado.
Como a história por si só já mostra, é fato que uma sociedade que se pauta por valores tão deformados, quanto estes do nosso atual Brasil, não demora muito para entrar em crise.
Quando isso acontecer, tão rápido quanto uma gota de água que evapora no asfalto quente, tenho por certo, irá evaporar este governo do absurdo.
Um comentário:
ONDE ASSINO HEGEL
Postar um comentário