13 novembro, 2010

Jackass!

"A estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência; a inteligência tem seus limites, a estupidez não".
Claude Chabrol

Maravilhoso. Isso descreve Jackass.
Fui ontem à única sessão de Jackass 3D que passava no Unibanco, às 7 da noite.

Devo dizer, foi uma das poucas vezes que o 3D foi bem usado, num sentido que, não fosse as cenas de entrada e final, ele não tem qualquer peso sobre o filme.

É controverso prestigiar e comentar Jackass. Fazer um texto a respeito do filme é basicamente inútil, uma vez que todo mundo sabe como funciona e do que se trata.

Por isso, ao meu ver, basta que eu diga “é do caralho”.

Ainda assim vejo necessidade em exaltar a beleza que há no filme.

Jackass é quase uma filosofia. Filosofia do non-sense, num universo caótico.

Inspirado em Looney Tunes, Knoxville é a encarnação máxima de uma forma besta e fantástica de encarar a vida.

Em Jackass vemos a vida como vemos em Monty Python, apenas um pouco mais extremada.

Embaladas em trilha suave, as cenas depravadas se fazem num maniqueísmo de justaposição entre o embalo musical alegre e a imagem grotesca, assim há equilíbrio e simpatia.

Como sempre fora, Jackass é o grotesco em sua forma mais simpática.

E assim, como canta Dee Snider ao fim do filme, nos alegramos ao saber que “the kids are back”.

Nos alegramos ao saber que está de volta um belo grupo de palhaços dispostos a iluminar a mediocridade da vida cotidiana, nos arrancando da cara um sorriso debilóide e pervertido.

3 comentários:

Anônimo disse...

Poxa, agora fiquei a fim de assistir! Boa indicação!

Beto The Dude disse...

Eu já tinha assistido Jackass em um DVD gravado por um amigo, mas nunca imaginaria que os mesmos fariam um filme em 3D, é impressionante.

Vou ver se o filme está passando no estado onde eu moro e tentarei ver no cinema, realmente parece ser uma boa dica do que assistir.

Anônimo disse...

É um tipo de humor rápido e eficiente.Sempre curti esse gênero muito visual. Monty Python é sempre uma ótima lembrança e referência sempre.

Bom tê-lo como leitor Matheus, com teu olho de cineasta.Como tu sabe eu criei essa trama com o traquejo do cinema,que sou apaixonado. Ah, de repente voltamos a debater a possibilidade de sair do papel hein?Quem sabe,não é?Seria muito bom tê-la visualmente.

A frase do Chabrol, por incrível que pareça achei na merda da Veja em um consultório médico ontem e achei antológica e é um prazer repartí-la.

Abraço.

Fábio Zen