E uma lenda viva que padece flerta com a morte. E Jesse James é imortal.
E eu vejo um balé na vastidão do velho oeste. É lá, no distante horizonte, que dois vultos são imagem e sombra.
Em perfeita harmonia, equilíbrio e cadência, um balé que se encaminha para o que é predestinado.
E eu vejo esses distintos vultos, num ambiente próprio para o ostracismo e carente de suas lendas.
Vejo selarem um pacto silencioso, quando a aproximação mais intima é a morte.
Pois quando o herói é falho, resta à morte lhe provar humano. E a morte faz a lenda.
E o tiro pelas costas é muito menos um ato de covardia do que um pacto há muito tempo firmado.
E quando uma bela dança como essa se encaminha ao desfecho final, o estopim da arma busca o aplauso da platéia, que nunca vem.
E é o olhar carente, indefeso e ingênuo que saí ferido e que é tomado por covarde.
E o olhar que faz a lenda é pra sempre esquecido.
Um comentário:
O vilão é tão desprezível, covarde e ao mesmo tempo acho que apaixonado pelo James que tornou o filme insuportável,ao menos para mim. Falar nisso baixei O homem que matou o facínora e a expectativa é grande...
Abrç!
Fábio Zen
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